sábado, 22 de agosto de 2009

05 - Aborrecimentos

Novamente nada dissemos. Viny percorria nossos rostos com um sorriso. Era um sorriso de dor, um sorriso irônico, obrigado a ficar naquele rosto inexpressivo. Ele claramente não estava triste por não ter passado no vestibular. Mas também não estava feliz. Sua cara me dava pena, mas ao mesmo tempo dava repulsa. Vendo que seria difícil ter uma reposta rápida de nós, ele começou a rodar a nossa mesa.
- Qual é pessoal? Pelos velhos tempos!
- Esse... É... um encontro comemorativo Vinícius! - Falou Lisa por fim, envergonhada, mais decidida. Decidida como nenhum de nós.
- Comemorativo para quem passou! - Completou Aline
Ele levantou as mãos como se rendesse, mas não parou de rodar a mesa. Parou na cadeira atrás de Lisa e se apoiou na cadeira dela. Senti Dimitri estremecer ao seu lado, largar o copo e cerrar a mão.
- Desculpe meninas! Não sabia que eu estava atrapalhando um "encontro comemorativo"! - Ele imitou a voz de Lisa nas ultimas palavras.
- Mas está! - A voz de Lisa agora era irritada.
- UHH... Sabe que você fica linda estressada Lisa?
Dimitri já estava prestes a levantar. Os dedos estavam sofrendo com a pressão que ele fazia. Lhe dei um leve chute na perna e ele rapidamente olhou para mim. Fiz sinal para que ele mantesse a calma e me levantei.
- Vini... Por favor, dá o fora...
- Qual é Miguel... Eu só quero uma diversão...
- Mas aqui você não vai encontrar!
- Quem sabe Manuela não me ajude...
Seu sorriso aumentou e eu não respondia mais por mim. Dimitri se levantou no mesmo momento em que eu também levantava. Por estar mais próximo, Dimitri conseguiu atingir Vinícius primeiro. Lhe deu um empurrão que o fez cambalear por uns dois metros. Manu e Line me impediram de chegar ao meu destino. Manuel deu um abraço de urso em Dimitri e Carlos ficou entre Dimitri e Vinícius.
- Vá embora Vinícius - Esbravejou Carlos.
Em um segundo, os garçons nos envolviam. O gerente da pizzaria apareceu em seguida.
- Algum problema? - Perguntou ele, olhando para nós e para Vinícius.
- Esse ai veio para cá atrapalhar nosso encontro! Pedimos para ele sair, mas ele ficou nos provocando! - Carlos tentava explicar pacientemente o acontecido.
- Você - Apontou o gerente em direção a Vinícius - Me acompanhe por favor.
- Eu não vou a LUGAR NENHUM!
- SEGURANÇAS! - Gritou o gerente enquanto estes avançavam e puxavam Vinícius para fora do estabelescimento.
- EU NÃO VOU SAIR!!! ME LARGUEM!! ME LARGUEM!!!!!
Vimos ele sumir pela porta ainda de pé. Nos sentamos em silêncio. Fitamos nossos pratos vazios e os copos ainda cheios. Não tínhamos coragem para falar nada. De vez em quando olhava Dimitri, ainda nervoso, com a mesma expressão que eu devia estar. De repente, Manu começou a falar.
- Ahhh gente! Chega ?!?! Eu sei que isso agora foi péssimo, mas espera ai! Passamos no vestibular, estamos felizes, e não vai ser um bêbado maconheiro que vai atrapalha nosso encontro! Dimi, Miguel, melhorem essa cara e vamos voltar de onde nós paramos está bem?!?! Line, pode repetir os votos do brinde?!?!
Ninguém fez nada, apenas encaramos Manu. Seu rosto delicado e puro estava descontraído, segurando o copo, só esperando os votos. Olhei os outros, e não pude deixar de sorrir, envolver Manu em um abraço e segurar meu copo também.
- A palavra é sua Line! - Disse por fim.
Dessa vez dei um leve chute em Dimitri e fiz sinal para ele, apontando para o copo e para Lisa. Ele entendeu meu sinal e fez a mesma coisa que eu fiz. Ele encarou Lisa sorrindo e disse:
- Nós também estamos esperando Line!
Carlos e Manuel se encararam, e apoiaram o queixo sobre a mão, enquanto a outra segurava o copo. Line se levantou e ficou entre os dois. Beijou as bochechas deles e esperou que eles retribuíssem o beijo. Eles a beijaram e ela finalmente levantou seu copo e disse:
- Ao futuro e a nossa amizade!
Brindamos alegremente deixando que aquele evento horrível de 5 minutos atrás, desaparecesse como o refrigerante dos nossos copos.
Enfim, nosso rodízio estava aberto e a nossa competição também. Que descessem as pizzas!!!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

04 - Pizzaria

- Anda filho, vamos chegar atrasados!
Meu pai berrava da sala, impaciente como sempre. Eu não sei o que era pior, sua rigidez com horários ou seu excesso de cobranças. Eu já estava quase pronto: Minha camisa pólo azul marinho e branca de manga comprida já estava no corpo, desenhando um pouco nos braços e no peito. Gostei do efeito que deu. Me senti mais forte! Meu rosto também já estava totalmente lisinho. Já tinha vestido a calça, e, o motivo de toda minha dúvida estava na minha frente: Com que tênis eu vou?!?!
Eu sempre fui muito vaidoso, e, não aceitaria uma combinação imperfeita.
- Miguel, você têm cinco minutos ou eu juro que largo você aqui!
Droga! Olhei os dois pares diante de mim, e escolhi o mais arrumadinho, um olympicus que tinha ganho no natal, e só depois percebi que ele se encaixava perfeitamente bem ao meu figurino. Passei desodorante e perfume, ajeitei um pouco o cabelo e sai do quarto. Meu pai estava na poltrona, sentado, assistindo teve apoiando o queixo na mão. Minha mãe veio até mim e me abraçou.
- Você está lindo filho!
- Obrigado Mãe!
Meu pai me fitou por um momento.
- Esse é o meu garoto! - disse ele por fim.
Mais uma vez não pude deixar de notar o orgulho presente em sua voz. Ele levantou. Não gostava de fraquejar, mostrar sentimentalismo nem nada disso. Ele partiu em direção a porta me chamando. Minha mãe ajeitou a gola da camisa e deu dois tapinhas que mais pareciam toques de tão macios no meu peito.
- Se divirta meu filho! - Disse ela por fim.
- Obrigado mãe.
- Miguel... - Meu pai já chamava do elevador.
- Beijos Mãe!
- Parti para a porta e entrei no elevador.
- Tão bonito e tão desligado aos horários...
- Ah, pai... sem broncas!
- Mas é sério filho... Eu sei que você não merece nenhuma reclamação hoje, mas tem que ser pontual! Você vai trabalhar um dia... E esse é um dos motivos de demissão!
- É, eu sei!
Ele fez uma breva pausa, olhando para o piso do elevador, e, quando este parou, ele falou:
- Tá, vamos parar com esse papo careta ?!?! Vamos logo para essa pizzaria!
- Concordo pai.

Entrei na pizzaria e paguei logo meu rodízio. Tinha esperanças de que Manu ainda não estivesse lá, assim poderia pagar a sua entrada. Mas ela já estava lá. Ela levantou da sua cadeira e acenou pra mim. Ela estava simplesmente deslumbrante. Ela vestia uma blusa fininha prata e por cima tinha um casaquinho preto. O cinto, preto com detalhe prata, combinava com as blusas. Por fim, uma calça jeans e um sandalhinha preta. Linda, linda, linda!
Ela acenou mais uma vez e me tirou do transe. Caminhei até a mesa e lhe dei um abraço, tirando seus pés do chão. Depois, recoloquei-a no chão e delicadamente beijei seus lábios.
- Parabéns! - disse por fim.
- Obrigada!
Envolvi meu braço em sua cintura e cumprimentei o resto do pessoal.
Lisa e Dimitri já estavam lá. Um clima romântico entre os dois, que até um cego perceberia que eles estavam ficando. Sentamos e, não demorou muito para que Carlos e Manuel chegassem. Line foi a última.
Quando enfim, estavamos todos juntos, pegamos nossos copos para um brinde.
- Ao futuro - Gritou Line
- Ao futuro - repetimos.
- Ei, estão esquecendo de mim?
Aquela voz, era conhecida por todos nós. Vini estava lá, moribundo como sempre, escondendo malmente os cigarros.
As caras de pânico invadiram nosso rostos. Olhamos uns para os outros e nada dissemos.
- E então? Posso me sentar?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

03- Encontro

O telefone não parou 1 segundo. Foram tios, primos, amigos, parecia que a cidade inteira resolveu ler o jornal e me ligar. Eu já não aguentava mas repetir a mesma palavra: "obrigado!". Foram tantos parabéns que cheguei a enjoar. Minha orelha já estava dolorida. Até que a ligação que eu não esperava veio. E veio em boa hora.
- Alô?
- Oi amor!
- Manu? Que surpresa! Eu já ia te ligar...
- Sei... Como você ia me ligar ontem... E ante-ontem... e...
- Tá, já entendi... Eu esqueci... desculpa.
-Tudo bem... E já me acostumei.
- Agora vamos falar sério... entre ai no msn, eu, Lisa, Line e Dih estamos discutindo onde iremos comemorar! Eles querem um rodízio...
- Eu estou dentro!
- Eh, eu sei... Seu morto fome!
- Rsrsrsrsrsr... Mas rodízio de quê??
- Eis a questão! Estamos tentando entrar num consenso! Por isso quero que você entre... Se puder, por favor ligue pro Carlos e pro Manuel... não consegui acordá-los... Quem sabe você consegue ser mais... como dizer...
- "Delicado"?
- Tirou a palavra de minha boca!
- huashuashauas... Vou fazer isso sim!
- Então está tudo certo... Entre logo ai no msn. Assim que você entrar, te coloco na conversa.
- Está bem môr. Beijos...
- Beijão!
Ela desligou o telefone e na mesma hora liguei para o Manuel. Liguei para o seu celular, já que seria mais fácil falar diretamente com ele dessa maneira.
Deu certo.
Ele atendeu, ou melhor, tentou atender. Ele mal tinha voz para falar.
Olhei para os lados, e meus pais não estavam por perto. Enchi o pulmão de ar e gritei a todos pulmões:
- AÊ MOLEQUEEE!!!! PASSOU DIRETO HEIN??? PARABÉNS CARA!!!!
- hã, quem, o que?? Como?? - Ele ainda estava dormindo. Isso exigia medidas graves.
- ACORDA PORRA!!! VOCÊ PASSOU NO VESTIBULAR!! PASSOU!!!!!
- HÃ??? O QUE?? COMO?? - Agora sua voz tinha mais vida.
- VOCÊ PASSOU!!! E O CARLOS TAMBÉM!!!
- Você está de brincadeira né?!??!
- Eu ia brincar com isso porra??? Você passou!!!!!
- UHUUUUHHH!!!!!
- Agora acorda o Carlos ai e fala pra ele também!!!
Ouvi ele cutucar, ou melhor, esmurrar Carlos, aos berros, gritando: "Passamos porra!!! Passamos!!".
A história deles é engraçada. Se conheceram na Internet e decidiram sair do interior e vir morar na capital para prestar vestibular. Trabalham como garçon num bar perto de casa e dividem um quarto e sala. O lugar mais sujo bagunçado que já vi...
Eles não demoraram muito a entrar no msn. Agora o grupo estava completo.
A discussão estava apimentada.Um rodízio de carne o de pizza?? Em que restaurante??
Nos votos, decidimos por um rodízio de pizza. Daí então foi fácil escolher o local: pizza Hut. Marcamos para o dia de hoje mesmo, 7hrs.
Encontro marcado, agora era só esperar para comer muito e estar ao lado de quem se gosta e de quem se ama.

domingo, 9 de agosto de 2009

02- Comemorações

Me apressei em procurar no jornal o nome de meus outros amigos, e o de minha querida namorada... Manuela.

Coluna de Engenharia Civil:
Dimitri Souza dos Santos
Coluna de psicologia:
Manuela Moura Pereira
Coluna de Engenharia Elétrica
Carlos Maciel Moreira
Aline Guimarães Rocha
Manuel Almeida Albuquerque
Coluna de Nutrição:
Lisa Router

Todo mundo aprovado! Era uma maravilha!!! Mas... Cadê o Vinicius?? Eu tenho certeza que ele se inscreveu para ciências contábeis... Repassei a lista uma, duas, três vezes. Ah não...
Minha mãe gritou meu nome na cozinha. Certamente estava preparando meu café, coisa rara dela fazer, mas, eu estava aproveitando a mordomia. Sabia que esse era o meu dia.
- Oi mãe...
- Filho, fiz o sanduíche que você adora... Agora quer um suco ou um achocolatado?
- Hum... Acho que vou de um suco de laranja...
- Então filho, encontrou seu nome?? - Perguntou meu pai, entrando na cozinha e se sentando ao meu lado.
- Encontrei sim pai... Mas... Não posso dizer o mesmo do nome do Vini... Todo mundo passou, menos ele....
- Puxa... - Meus pais falaram ao mesmo tempo, parecendo que tinham ensaiado. Ficamos em silêncio por um momento, mas logo depois minha mãe quebrou o silêncio.
- Mas também pudera né?!? Ele não fazia nada da vida, vivia na rua, bêbado e sujo... Não sei como um jovem pode se acabar tanto assim...
- E a Manu filho? - Meu pai perguntou
- Ah - Senti na mesma hora a felicidade me invadir - Ela passou!
- Ah - Minha mãe arfou. Um arfar feliz, um gritinho de alegria.
- E quer saber de uma? Vou ligar pra ela agora!
- Mas filho, são pouco mais de 7 horas!
- E dai?!? Eu adoro fazer surpresas pra ela!
Meus pais se olharam e voltaram a olhar pra mim, no momento e que eu saia da cozinha e discava o número de Manu rapidamente.
- Alô!?! - Uma voz sonolenta e rouca atendeu.
- Bom dia meu amor!
- Miguel?!?! - Sua voz continuava um caco
- Já olhou o jornal?!?!
- Hã?!?!
- Helo... Acorda minha princesa! Hoje é o dia do resultado do vestibular... E você passou meu amor!!!
Um grito explodiu do outro lado, seguido por um grande tombo. Outro grito e mais uns "ai... ui"
- Ehh, Alô, Miguel... Ai, isso doeu... Amor você está ai?
- Estou sim... Você está bem??
- Estou... Só cai da cama...
- Ah, claro... Normal isso pra você!
- Ehh, engraçadinho... Mas, AHHHHHHHHH...
Outro grito explodiu do outro lado da linha.
- O que foi menina?!?!?
- Fala sério... Eu passei??!?!
- Claro que sim meu mor... Acha que eu ia brincar com isso?!?!?
- AHHHHHHHHHHHHHH
- Até que horas você vai gritar??
- Está bem, parei.
- Seus pais devem estar preocupados já com tantos gritos...
- Pois é... Eu... Eu vou lá fora falar com eles!
- Vá lá! Eu te ligo mais tarde!
- Esta bem...
- Parabéns mais uma vez meu amor!
- Obrigada... E pra você também.
- Beijo. Te amo!
- Também! Beijo.
Desliguei o telefone e voltei para a cozinha para terminar de tomar meu café. Não demorou muito para o telefone começar a tocar e a onda de parabéns invadir a casa. Realmente esse seria um dia de muitas comemorações.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

01 - Novidade

- Filho... Acorda! Acorda Miguel, anda meu filho... Seu pai acabou de subir com o jornal...
Minha mãe me agitava na cama, me balançado, como um vendaval balança uma árvore. Deitado de bruços e com a cara enterrada no travesseiro, levantei a cabeça só um pouco, para olhar, com os olhos semi-cerrados, meu relógio de cabeceira. 6:50.
Que ótimo. Minhas curtas férias, esperando o resultado do vestibular e minha mãe me acordando a essa hora. Não pensei duas vezes e enterrei novamente a cara no travesseiro.
- Filho... - A voz de minha mãe mudou de suave para séria - Seu pai está lá fora procurando seu nome na lista de aprovados na UFBA e você vai lá fora agora. Anda!
Ela começou a puxar minha coberta. Isso era golpe baixo! Mas, assim que a ficha caiu, e eu me lembrei que o resultado do vestibular saia hoje, dia 28 de Janeiro de 2008. Isso me deu uma pontinha de animação, mas ela nem um pouco superou meu sono e minha preguiça.
Levantei forçadamente, com minha mãe me empurrando pelos ombros. Atravessei a sala parecendo um zumbi, vestido apenas com um samba canção e de meias. O sol que entrava pela janela me ofuscou um pouco a visão e, percebendo que, não teria mais chances de voltar para dormir, resolvi tentar (mas só tentar) expulsar minha preguiça. Me espreguicei, esticando bem os braços e depois, cocei os olhos. Só depois, reparei em meu pai. Ele me fitava com os olhos cintilando, como quem reprime fortemente algumas lágrimas. Ele balançou a cabeça afirmativamente e minha mãe soltou um som meio abafado, levando as mãos a boca. Meu pai se levantou do sofá e veio em minha direção. Agora, meu sono estava a mil milhas de distância. Ele caminhou lentamente em minha direção, abrindo um largo sorriso e um grande abraço.
- Parabéns meu filho! Parabéns! - Sua voz era repleta de emoção e orgulho. Ele me deu um abraço apertado e caloroso, um abraço que jamais irei esquecer. Os braços de minha mãe se uniram ao nosso abraço e ela enterrou seu rosto molhado de lágrimas em minhas costas nua. Ficamos ali, unidos por um longo tempo. Meus pais sussurravam palavras do tipo: "parabéns..."; "esse é o meu garoto..."; "eu já sabia meu filho..."; entre muitas outras frases e sussurros. Meu pai pigarreou, talvez para encontrar voz.
- E então meu universitário, não quer se certificar que seu pai não está caducando e que procurou no lugar certo? - Ele me apontou o jornal e cima do sofá e eu fui olhá-lo. Felizmente estava lá, na coluna de engenharia mecânica, o meu nome:
Miguel Ferreira Franco.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Prólogo

Nossa vida é curta... Rápida... Passageira... Qualquer um desses adjetivos, ou até todos eles. Mas a minha é, ou melhor, foi curta demais para fazer o que deveria. Para dizer mais "eu te amo"...
E agora, ando sem destino e sem parar. Quem eu quero, não me vê, nem sabe que estou ao seu lado quando ela chora, ou quando ela chama meu nome baixinho...
A minha vida, se é que isso que tenho agora é vida, será estar com ela, todo o tempo, de todas as formas. Serei seu chão quando ela desabar, serei o vento que tocará sua face quando ela precisar de carinho, serei seu ar quando ela suspirar, mesmo que por uma outra pessoa.